A grande dificuldade em começar algo novo

A grande dificuldade que a maior parte das pessoas tem é começar. Não só aquilo que precisamos fazer mas, em grande parte, começar algo novo. 

Uma lição muito importante que aprendi é que: aquilo que você fizer pela primeira vez, sempre será o seu pior naquilo, tem que ser o seu pior. Melhor dizendo, a pior versão tem que ser a primeira. E não há diferença aqui, em começar algo novo no mundo físico ou no digital.

Quem começa a fazer lives no youtube, por exemplo, sabe que no início terá pouca gente assistindo, ou ninguém mesmo. É normal que, nas primeiras lives, muitas coisas que você quer falar não vai conseguir. Por diversos motivos: inexperiência, falta de preparação prévia, não saber as técnicas de preparação, lapso de memória, nervosismo, pouco ou nenhum domínio das ferramentas digitais e dos equipamentos, entre outras coisas. Por falta de prática, obviamente, você terá pouco domínio sobre o processo e sobre o resultado final.

Então, tirando o que é aleatório, como aquela sorte de pescador principiante, que nunca pescou na vida, bota a vara na água pela primeira vez e tira o maior peixe do dia – isso já aconteceu comigo, inclusive, e ficou todo mundo bravo – essa é uma lição muito importante para combater a procrastinação de quem tem dificuldade de começar algo novo, independentemente do motivo. 

Tudo o que fizermos pela primeira vez, sempre será o seu pior daquilo. Tem que ser o pior. É desejável que a primeira versão seja a pior. 

Não dá para fazer algo excepcional pela primeira vez que não seja uma obra aleatória, casual. 

Para melhorar algo é preciso começar algo, produzir sua primeira versão. Aprender, melhorar e dominar é uma jornada de repetição e persistência que começa com o primeiro. 

Por isso, normalmente, as próximas versões aprimoram a primeira.

Para começar algo novo tem que botar a “mão na massa”

O que nós temos na vida senão o tempo que temos para fazer o que queremos? 

Quando eu quero fazer alguma coisa que está dentro da minha mente e não coloco em prática, essa é uma ideia que não vai acontecer, que não vai se realizar. Então ela se torna uma ideia ruim, porque ela não aconteceu. Começar algo novo é fazer uma ideia começar à acontecer.

Nenhuma ideia é boa se não for validade na prática, no campo de batalha. Quantas ideias que pareciam ser boas não resistiram ao mundo real? 

Uma ideia que foi posta em prática deixou de ser somente uma ideia. Passou a ser uma ação, um movimento, uma construção no mundo real. Uma ideia boa é uma ideia que deixou de ser ideia e passou pelo teste da realidade, da prática e da validação. 

Uma ideia só se torna boa quando deixa de ser só uma ideia. Para ser boa ela tem que se provar boa na realidade. Podemos dizer então, que uma ideia só pode ser boa quando “morre” como ideia para ser provada na prática.  

Sem criar expectativas é melhor

Dados gerais, qualitativos e quantitativos e, números de referência são sempre bem vindos na construção de planos originados de ideias. Análises estatísticas, projeções e probabilidades auxiliam no planejamento inicial. Tudo o que se puder reunir de informações que ajudem a entender os fatores envolvidos e a minimizar riscos são muito importantes, é claro. 

Mas nada disso é garantia de sucesso quando se vai começar algo novo! Em que ajudaria, então, ficar criando expectativas em algo que só vamos descobrir de verdade quando testarmos na prática?  

Nem todas as ideias nascem para ter sucesso em si mesmas. Tem as que se provam equivocadas e acabam não dando fruto, mas tem também aquelas que tem o propósito de mudar paradigmas e gerar paradoxos desafiadores. Quando fracassam, podem proporcionar a criação de ideias alternativas e inovadoras. 

Começar algo novo pressupõe assumir riscos. Depositar expectativas em algo que ainda não gerou parâmetros de referência validados pela prática (pela mão na massa) é correr um grande risco de frustração e decepção.  

Não crie expectativas, mas sim, objetivos claros com alvos intermediários para serem alcançados, construindo uma validação em níveis. Cada nível alcançado serve como base para o próximo alvo, com resultados reais que vão indicar se continuamos em frente, se corrigimos a rota ou se abandonamos a empreitada. Simples assim, com critérios objetivos, eliminando as subjetividades. 

Foco no que podemos controlar

As expectativas que depositamos estão sujeitas a influências do que não controlamos. Quantas coisas não estão sob nosso controle ao começar algo novo? O que não podemos controlar, dificilmente nos dá a chance de antecipação. Só nos deixa a opção de reagirmos ao que já aconteceu. 

O que podemos controlar? O que cabe a nós, a responsabilidade de executar. O compromisso que devemos assumir de dar o melhor quando decidimos fazer parte. Dedicação, persistência, conhecimento técnico, liderança, inteligência emocional, gestão de equipe, horas de dedicação, foco e determinação. 

É preciso entender que decisões difíceis precisam ser tomadas, que as consequências precisam ser enfrentadas com coragem e resiliência. Só não passa por isso quem não começa nada, quem transfere a própria responsabilidade para os outros. Isso evita dificuldades e sofrimentos, mas também nos distancia de oportunidades, de vitórias, de aprender e de construir suas próprias histórias, seus próprios resultados. 

Então, bora por a mão na massa!? BORA COMEÇAR ALGO NOVO!?

Veja também o artigo “Feito é melhor que perfeito. Ou será que não?“. Ele agrega um ótimo complemento para este conteúdo que pode te ajudar a encarar o desafio de começar algo novo.

Deixe nos comentários o que este conteúdo te inspirou a começar? O que você acha que pode mudar daqui para frente na realização das suas ideias?  

Sempre é Tempo Agora! Se não agora… Quando?

Sobre o Autor

Olavo Bertolini
Olavo Bertolini

Nascido no Brasil, nos idos de 1971, mais especificamente na cidade de Bauru no interior do estado de São Paulo, Olavo Emanuel Bertolini, hoje (janeiro/2024) com 52 anos de idade é pai do menino Giovani de 5 anos, casado com sua esposa Juliana há quase 12 anos. Tem formação em gestão empresarial, segurança do trabalho, estratégia em marketing digital e pós graduação em ERGONOMIA pela Universidade Senac de Ribeirão Preto – SP, dando ênfase ao estudo e desenvolvimento das atribuições psicossociais, cognitivas e comportamentais dos indivíduos, principalmente nas suas relações profissionais e de trabalho. Suas viagens pelo Brasil e pelo exterior lhes trouxeram rica experiência cultural e uma incrível expansão de consciência sobre as diferentes dimensões humanas e suas relações. Suas viagens a outros continentes como Ásia, África e Oriente Médio, lhes proporcionaram olhar singular sobre detalhes e nuances peculiares dos relacionamentos multiculturais. Olavo Bertolini é um aficionado em estudar e compreender o comportamento humano, com uma visão pragmática sobre a jornada do desenvolvimento do indivíduo. Alguns dos seus trabalhos favoritos, que tem se tornado rica fonte de pesquisa e aprimoramento, são as suas mentorias individuais com pessoas dedicadas ao seu desenvolvimento pessoal e empresarial. Ávido leitor e hábil mentor na construção de relacionamentos saudáveis e positivos, nos últimos anos tem se dedicado a escrever textos e artigos instigantes na busca de melhor compreender o ser humano.

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